terça-feira, 28 de junho de 2011

ESTAMOS INDO DE VOLTA PRA CASA...


Sempre gostei da música e principalmente da letra "Por Enquanto", seja interpretada por Cássia Eller ou Renato Russo...

Mudaram as estações, nada mudou,
mas alguma coisa aconteceu,
Tá tudo assim, tão diferente...
Se lembra quando a gente, chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre, sem saber, que o pra sempre, sempre acaba...
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou,
Quando penso em alguém, só penso em você e aí então, estamos bem...
Mesmo com tantos motivos, pra deixar tudo como está,
Nem insistir nem tentar, agora, tanto faz,
Estamos indo de volta pra casa...


Estou indo ao encontro de minha família... indo pegar o colinho tão único de minha mãe... a ansiedade desse reencontro me fez sentir emoções divergentes... medo, alegria, excitação, angústia, preocupações, esperanças, saudades...mas acima de tudo, AMOR... e que seja ele o maior motivo de todos, sempre que eu voltar pra minha cidade natal...
Estive com minha mãe no começo do ano, passamos nossas férias juntas, a levei para uma viagem na casa da minha irmã mais velha, Wilma, que há tempos devia uma visita... a viagem foi ótima, inesquecível e acredito que minha mãe tenha se divertido tanto quanto eu... valeu muito a pena essa viagem e prometemos fazer outras iguais novamente... minha esperança é de que isso aconteça mesmo... conto sempre com um milagre... tenho que acreditar em milagres, afinal, somos feitos de um, vivemos sobre o prisma de milagres acontecendo em nossas vidas, nos conduzindo a algum lugar por escolhas nossas, sobrevivendo dia a dia sobre o milagre da vida!...
Estou indo de volta pra casa... não no sentido físico, mas no sentido emocional de minha vida... incrível como as reflexões se modificam e nos paralisam quando somos pegos de surpresa por uma catástrofe inesperada... refletir é o que me resta, visto que ainda me sinto de mãos atadas e não sei como proceder quando finalmente estiver de frente com minha família... espero que tudo seja sempre do jeito que sempre foi... se assim for, estará ótimo...
Tenho sentido uma força extra nos últimos dias... talvez a isso muitos chamem de esperança, ou de fé, ou de energias positivas vindo ao meu encontro... não importa, esta força eu necessito carregar comigo para seguir adiante, seja como for, venha de quem vier...
Quando estamos sensibilizados por uma situação delicada de perda, ou possível perda, nossos sentidos ficam mais apurados, nossas emoções afloram inconscientemente... senti isso hoje pela manhã, quando ao acordar, me lembrei do sonho triste e angustiante que tive e que registrei em meu caderno de sonhos... acordei e fui pra rua resolver alguns assuntos... no caminho de volta, uma amiga querida, que tenho maior admiração pela guerreira que é e pela vivacidade e intensidade com que vive, nos altos dos seus 71 anos, depois de meses sem nos vermos, me viu e me parou na rua para me dar um abraço... esse abraço, Nilda querida, teve uma importância sem igual, daqueles presentes que você se enche de felicidade em receber e que tanto necessitava... passamos duas horas ali, no meio da rua, em pé, rindo e conversando sobre a vida e em momento algum eu quis lhe falar dos meus problemas,e não falei apenas porque não precisava lhe contar nada, você, com toda sua experiencia, sentiu que era desnecessario detalhes, a gente precisava apenas sentir aquela energia positiva entre nós e rir um pouco da vida... Obrigada pelo abraço, obrigada pela conversa deliciosa e obrigada pelo livro que me deu e que estou lendo agora e indico à todos que gostem de uma boa leitura: "Muitas Vidas, muitos mestres" - Brian L. Weiss. Juntamente com este livro, continuo uma outra leitura: Amor, Medicina e Milagres - de Bernie Siegel. Ambos os livros vieram em boa hora, pelas mãos de pessoas queridas que não sabiam exatamente a situação em que eu me encontro e ainda assim, deram uma ajuda enorme com este gesto. Dione, Rodrigo, Carol, Nilda, vocês são especiais e Deus sabe mesmo como agir no momento certo... Obrigada!...
Levo comigo, nesta viagem de férias, nesta viagem de reencontro, a minha vivência humilde, o meu amor incondicional e toda minha fé e esperança... A vida simples é a parte mais complexa de nossas escolhas... eu escolhi ser assim, sem muitas exigências, sem que o tempo seja determinado por mim... que tudo aconteça como tem que acontecer e conforme o caminho se torne árduo, eu me apoio nos muros construídos a minha volta que podemos chamar de amigos, de anjos, de família...
Vou bem ali, matar essa saudade enorme que está me sufocando e logo, logo, volto pra contar sobre como foi tudo...

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